Biologia

Organização e estrutura celular

Agronomia Bioquímica

Um breve resumo da estrutura celular e funções das organelas

 

Os seres vivos podem se classificar de acordo com sua estrutura celular em procariontes e eucariontes.

As células procarióticas têm uma estrutura muito simples pois não possuem membrana nuclear nem a maioria das organelas, possuindo apenas uma única membrana plasmática.

As células eucarióticas são muitos maiores em tamanho que as anteriores, possuem um núcleo delimitado por uma membrana e diversos compartimentos especializados para cada função (complexo de Golgi, mitocôndria e outros).

Estrutura da célula animal.

Dentro de uma célula eucariótica encontram-se:
Ribossomo – síntese de proteínas;
Aparelho de Golgi – eliminação de secreção celular;
Lisossomo – digestão celular;
Membrana plasmática – proteção e transporte de substâncias na célula;
Mitocôndria – respiração celular;
Centríolos – fazem parte da divisão celular;
Parede celular – esqueleto de sustentação da célula vegetal;
Retículo endoplasmático liso – sintetiza lipídeos e armazena cálcio no músculo;
Retículo endoplasmático rugoso – facilita o transporte de substâncias na célula e produz proteínas da membrana;
Vacúolo contrátil – cavidades do citoplasma que se encarregam de eliminar água;
Vacúolo de suco celular – cavidades que acumulam água em vegetais;
Cloroplasto – responsável pela síntese de proteínas e reprodução na célula vegetal.

Esquematização da célula vegetal.

Esquematização da célula vegetal.

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Extinção de civilizações – 5 passos largos para a morte de sociedades e culturas

 

Educação

 

Estamos prontos para esses 5 fatores? A história mostra que não.

 

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Uma cultura perdida, ficam as estátuas esculpidas pelos ancestrais da Ilha de Páscoa

Era um domingo de Páscoa, em 1722, quando o explorador holandês Jacob Roggeveen avistou de seu galeão um pedaço de terra perdido na vastidão do sul do oceano Pacífico. De longe, o lugar não era nada atrativo. Ao contrário da maioria das outras ilhas daquela parte do mundo, o terreno não tinha grandes árvores e a grama era tão seca que, a distância, parecia areia. Recebido por uma comitiva de nativos em canoas frágeis e cheias de remendos, Roggeveen resolveu desembarcar e surpreendeu-se com as gigantescas figuras de pedra, esculpidas na forma de rostos humanos, espalhadas ao longo do litoral. “Ficamos muito espantados, pois não compreendíamos como essas pessoas, que não dispunham de cordas fortes ou madeira adequada para construir máquinas, conseguiram erguer aquelas imagens com mais de 10 metros de altura”, escreveu em seu diário de bordo.

No interior da ilha, dentro da cratera de um vulcão extinto onde as estátuas costumavam ser esculpidas, o ambiente era fantasmagórico. As ferramentas utilizadas pelos escultores espalhadas pelo chão, estátuas inacabadas e outras deixadas para trás nas estradas que levavam ao litoral davam a impressão de que o lugar havia sido abandonado.

Quase 300 anos depois, o mesmo mistério que intrigava o capitão holandês ainda paira no pensamento de quem desembarca no aeroporto de Mataveri e depara com os enormes moais, as colossais estátuas de pedra que resistem há séculos na ilha de Páscoa. Entre esses visitantes está o biólogo americano Jared Diamond. Professor da faculdade de medicina da Universidade da Califórnia, Diamond é autor do livro Collapse, que investiga os motivos pelos quais as sociedades desaparecem. A trágica história dos construtores de moais se repetiu em diferentes épocas com civilizações pequenas ou grandes, poderosas ou minúsculas. E o que Diamond percebeu é que elas desapareceram por motivos semelhantes – na verdade, com apenas 5 fatores é possível explicar o desaparecimento de todas as civilizações da história. Até a civilização em que vivemos hoje – cheia de maravilhas tecnológicas e com dezenas de países interligados – poderia sofrer esse mesmo fim. Conheça esses perigos – e a história das sociedades que se expuseram a eles.

Destruindo o ambiente

A chave para entender o misterioso desaparecimento dos construtores de moais está em uma ilha muito diferente da terra infértil e desmatada que Roggeveen encontrou. Analisando o pólen conservado por milhares de anos no fundo de pântanos na ilha de Páscoa, cientistas descobriram que, quando os primeiros polinésios chegaram lá, provavelmente há cerca de 1 400 anos, encontraram um pequeno paraíso. Eram 166 quilômetros quadrados cobertos por uma densa floresta subtropical que crescia sobre o solo fértil de origem vulcânica do qual a ilha é formada. Entre a vasta vegetação nativa, a planta mais comum era uma espécie de palmeira alta e robusta que só existia ali. Além de ter uma madeira forte o bastante para a construção de embarcações e para ajudar a transportar os moais, a palmeira fornecia nozes para a alimentação dos moradores.

A riqueza da fauna também se refletia nas panelas da ilha. Carne de golfinho, de focas e de 25 tipos de pássaros selvagens compunham o banquete – tudo cozinhado no fogo da lenha retirada da floresta. Também, haja comida. Pelos cálculos da arqueóloga Jo Anne Van Tilburg, da Universidade da Califórnia, cerca de 25% dos alimentos produzidos na ilha eram consumidos na intensa produção e transporte de estátuas. Estima-se que eram necessárias até 500 pessoas, utilizando cordas e uma espécie de trenó feito de grandes toras de palmeiras, para arrastar os moais por 14 quilômetros até o litoral.

A partir do ano 1200, a produção de estátuas entrou num ritmo mais acelerado, que durou por cerca de 300 anos. Era preciso cada vez mais madeira, cordas e alimentos para sustentar a crescente disputa entre os clãs que dominavam a ilha, que competiam para ver quem erguia as maiores estátuas. A competição, no entanto, acabou sem vencedores. Pouco depois de 1400, a floresta já não existia e a última palmeira foi cortada, extinta juntamente com outras 21 espécies de plantas nativas. Com a floresta, foram-se as fibras que eram transformadas em cordas, utilizadas em conjunto com as toras no transporte dos moais. Sem troncos fortes para construir canoas resistentes, capazes de ir até alto-mar, a pesca diminuiu muito e a carne de golfinho virou raridade nas refeições. As colheitas também foram prejudicadas pelo desmatamento, já que não havia mais vegetação para proteger o solo da erosão causada pelos ventos e pela chuva. Com seu habitat devastado, todas as espécies de pássaros que voavam pela ilha foram finalmente extintas.

Sem ter o que comer, o número de habitantes foi reduzido a um décimo dos 20 mil que chegaram a viver na ilha no auge do culto aos moais. Os moradores, famintos, finalmente cederam ao canibalismo. Em vez de ossos de pássaros ou golfinhos, arqueólogos passaram a encontrar ossos humanos em escavações de moradias datadas desse período. Muitos deles foram quebrados para se extrair o tutano. Até hoje, um dos maiores insultos que se pode dizer a um inimigo na ilha da Páscoa é algo como “tenho a carne da sua mãe presa entre meus dentes”. Não sobrou madeira nem pra palito.

O nome do crime cometido pelos nativos da ilha de Páscoa é ecocídio. Explore demais os recursos naturais de uma área e ela estará sujeita a um desequilíbrio que pode levar ecossistemas inteiros ao desaparecimento. Como todo ser humano depende desses recursos, um ecocídio acaba levando ao fim de civilizações inteiras. Às vezes, nem é preciso muito esforço: a própria natureza cuida de mudar todo o ambiente.

Os Vikings não resistiram à era glacial, sendo expulsos pelos esquimós

Os Vikings não resistiram à era glacial, sendo expulsos pelos esquimós

Que o digam os vikings. No ano 982, eles estabeleceram uma de suas comunidades em um fiorde na Groenlândia. O clima ali não era tão extremo e o lugar tinha pastos onde criavam ovelhas, cabras e gado. Além disso, os vikings completavam a alimentação caçando focas e caribus e trocando mercadorias com o continente. Só que, por volta do ano 1400, o tempo fechou. Foi a chegada da “pequena era glacial”, uma mudança climática que esfriou o planeta por quase 500 anos. Os verões ficaram mais curtos, o que dificultou a criação de gado. As focas e os caribus fugiram para outras regiões. Enormes blocos de gelo atrapalharam a navegação e impediram o comércio com o continente. A única comida que sobrou foram os peixes, que os vikings não comiam por motivos religiosos. Já os esquimós, que habitavam a vizinhança, não tinham nenhum problema quanto aos frutos do mar e conseguiram se manter, para a infelicidade dos conquistadores nórdicos. É que as relações entre as duas tribos nunca foram das mais amigáveis, o que pode ser visto em um relato viking do século 15 sobre os vizinhos: “quando eles recebem uma punhalada superficial, ficam com uma ferida branca, que não sangra. Mas quando são feridos mortalmente, sangram sem parar”. Com a chegada do frio, os poucos nórdicos que restaram foram exterminados pelos esquimós.

Disputas entre homens

Guerras destruíram a cultura maia

Guerras destruíram a cultura maia

Não se pode culpar só a natureza pelo fim das civilizações. Como qualquer economista diria, crises comerciais podem ser tão destruidoras quanto a pior das catástrofes ambientais. Foi o que aconteceu, por exemplo, em outras duas ilhas do Pacífico Sul. Pitcairn possuía ótimas fontes de minério para a produção de ferramentas e Henderson, a 150 km dali, concentrava o maior número de pássaros da região. As 2 dependiam de uma terceira ilha, Mangareva, para conseguir árvores próprias para fazer canoas e ostras que eram transformadas em anzóis para pescaria. A partir de 1400, surgiu então uma intensa rota de comércio entre as 3 ilhas. Enquanto isso, a população de Mangareva aumentava à medida que a ilha prosperava. O problema é que o número de habitantes cresceu tanto que os recursos – antes abundantes – começaram a ficar escassos. As florestas foram derrubadas e o solo não resistiu e acabou erodindo. Os alimentos já não eram mais suficientes nem para os moradores de Mangareva, quanto mais para as exportações das quais dependiam os vizinhos de Pitcairn e Henderson. Mangareva entrou em guerra civil e as matérias-primas pararam de chegar às outras 2 ilhas, que se viram isoladas. Definharam até que o último habitante deixou cada uma delas ou morreu.

Você já deve ter percebido a esta hora que aquela história de que uma tragédia nunca vem sozinha faz sentido. Não contentes em sofrer com problemas naturais e comerciais, muitas sociedades acabam entrando em guerra pelos poucos recursos que sobram. E esse fator só acelera o colapso da civilização. Os maias, instalados na península de Yucatán, no México, eram uma das civilizações mais avançadas da América pré-colombiana. Tinham calendário e escrita próprios, desenvolveram conhecimentos relativamente sofisticados em arquitetura e astronomia, mas, mesmo assim, falharam em resolver os problemas que levaram sua civilização à ruína. Com uma população que ultrapassava os 5 milhões, plantações tomaram o lugar de florestas inteiras na tentativa de alimentar todo mundo. Mas a devastação resultou em erosão, empobrecimento do solo e aumento das secas. Mais gente e menos comida, no fim das contas. As constantes guerras se intensificaram e acabaram se tornando batalhas por terras e alimentos. Os reis maias preferiram se isolar a tentar resolver os problemas que dizimavam seus súditos. “Eles apenas foram os últimos a morrer de fome”, afirma Diamond.

Vamos sobreviver?

O estopim para que uma sociedade vire poeira está, para Diamond, na combinação destes 4 fatores: destruição do meio ambiente, alterações climáticas, crises nas relações comerciais e guerras. Só que é preciso um quinto fator – o mais importante de todos – para liquidar de vez um povo: a estupidez. Qualquer problema minúsculo pode acabar com um povo se ele for incapaz de se adaptar. Por outro lado, alguns povos atravessaram catástrofes terríveis e continuaram vivos por muitos séculos.

A grande preocupação de Diamond é que, hoje, as grandes potências estão incorrendo nesses erros – e, para piorar, não dão sinais de que vão se adaptar ou corrigir a situação tão cedo. Olhando em retrospectiva, fica claro que as sociedades antigas cometeram erros óbvios. Destruir a floresta da qual depende sua sobrevivência, como fizeram os polinésios da ilha de Páscoa, além de burrice, significa cometer suicídio. “Hoje temos mais de 6 bilhões de pessoas, equipadas com máquinas pesadas e energia nuclear, enquanto os nativos da ilha de Páscoa não passavam dos 20 mil habitantes com ferramentas de pedra e a força dos próprios músculos. Mesmo assim, eles conseguiram devastar o ambiente e levar sua sociedade ao colapso”, diz Diamond.

Segundo o biólogo, nossa maior vantagem é a possibilidade de aprender com os erros de nossos antepassados. “É uma questão de transformar conhecimento em ações concretas. Apesar de sabermos das conseqüências, não agimos o bastante”, diz Eric Neumayer, especialista em desenvolvimento sustentável da Escola de Economia de Londres, Reino Unido. Ele cita como exemplo o Protocolo de Kyoto, acordo internacional em que 141 nações se comprometem a reduzir a emissão de poluentes que contribuem para o aquecimento global. Mesmo sabendo das possíveis conseqüências de uma mudança climática, os EUA – os maiores responsáveis pela emissão de dióxido de carbono na atmosfera – preferiram não participar do tratado. “Não adianta se isolar. As partes ricas do mundo precisam descobrir como viver sem arruinar a atmosfera para o resto do planeta”, diz John Mutter, vice-diretor do Instituto Terra, da Universidade de Columbia, em Nova York. “Os países africanos, por exemplo, vão ficar mais pobres. Haverá mais conflitos e mais mortes. Se não fizermos nada, a situação não vai se estabilizar. Apenas vai ficar pior, pior e pior”, diz. Mas, na opinião dos cientistas, não há motivos para perder a esperança. “Nossas sociedades precisam produzir e consumir causando muito menos impacto ambiental do que hoje. Chegar lá não é fácil, mas é possível”, afirma Neumayer. Difícil mesmo é saber o que estava pensando o lenhador quando cortou a última palmeira da ilha de Páscoa. O que quer que fosse, tomara que não precisemos passar pela mesma experiência.

 

Fator 1 – Ecocídio

Caso: Ilha de Páscoa

O que é: Explorar os recursos naturais até que eles se esgotem.

Como foi: Os nativos da ilha de Páscoa tinham tanta madeira e outros materiais que se davam ao luxo de empregar grande parte de seus recursos na construção de estátuas gigantescas. No século 15, as últimas árvores foram derrubadas e, com elas, caiu a civilização.

Fator 2 – Crise mercantil

Caso: Ilhas do Pacífico Sul

O que é: Mudanças nas relações com parceiros comerciais.

Como foi: Isoladas no meio do Pacífico, as ilhas de Pitcairn e Henderson dependiam de outra ilha, Mangareva, no fornecimento de materiais para pesca. No século 14, um ecocídio em Mangareva acabou com o comércio e obrigou os nativos das 2 ilhotas vizinhas a mudarem para outro lugar.

Fator 3 – Guerras

Caso: Maias

O que é: Disputas internas ou com países vizinhos.

Como foi: Nos seus últimos períodos, a civilização Maia enfrentava um grave problema de seca, solo empobrecido e fome. Em vez de buscarresolvê-lo, a população começou a disputar os poucos alimentos que restavam, em verdadeiras batalhas.

Fator 4 – Mudanças no clima

Caso: Vikings na Groenlândia

O que é: Geadas, secas e outras catástrofes causadas pelo clima.

Como foi: Os vikings conseguiram prosperar durante séculos em terrenos da Groenlândia onde o clima era mais ameno. Uma “pequena era glacial”, no entanto, tornou o clima mais severo, diminuiu a comida, dificultou a navegação e permitiu que fossem expulsos dali pelos esquimós.

Fator 5 – Estupidez

Caso: Anasazi

O que é: Não saber lidar com problemas fatais quando eles aparecem.

Como foi: Os índios Anasazi, do sudoeste dos EUA, começaram a sofrer com as conseqüências de um desmatamento aliado a uma forte seca no século 12. Diante disso, a resposta da elite foi se isolar e continuar explorando a população pobre. Um dia, o povo entrou em colapso.

 

Para saber mais

Collapse – Jared Diamond, Viking Adult, EUA, 2005

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Prions – Proteínas Ativas com propriedades infectantes

Agronomia

 

Essas biomoléculas sofrem mutação gênica, causando doenças 

 

prions
Príons
são moléculas proteicas que possuem propriedades infectantes. O nome príon vem do inglês proteinaceous infectious particles, que quer dizer partículas proteicas infecciosas. Tais partículas se distinguem de vírus e bactérias comuns por serem desprovidos de carga genética.

Existe um gene, denominado prinp, que é responsável pela síntese da proteína príon celular (PrPc). Na sua forma normal e saudável, essa proteína, além de participar do processo de diferenciação neural, ela defende os neurônios de condições que podem levar à sua destruição. Uma mutação do gene prinp provoca a formação defeituosa da PrPc, que se transforma em príon. Essa molécula proteica infectante é capaz, ainda, de alterar a forma de outras proteínas saudáveis, que, a partir daí, também adquirem um comportamento priônico. Os príons podem até mesmo produzir réplicas de si mesmos (por mecanismos ainda desconhecidos).

Os príons possuem estruturas bastante estáveis e são resistentes a enzimas digestivas, calor, algumas substâncias químicas e até à radiação ultravioleta, condições que normalmente degradam proteínas e ácidos nucleicos. Também não existe nenhum mecanismo de defesa imunológica capaz de neutralizar essa partícula infectante, o que torna ainda mais rápida a sua disseminação.

Por ser oriundo de uma proteína do sistema nervoso, os príons afetam exatamente os neurônios. A infecção por tais moléculas pode ocorrer por herança genética, consumo da carne de animais infectados, aplicação de hormônios, utilização de instrumentos cirúrgicos contaminados ou por uma mutação casual. E seja qual for o mecanismo de infecção, não há procedimento de rotina que possa identifica-los.

As doenças provocadas por príons não têm cura e são frequentemente classificadas como encefalopatias espongiformes, devido ao aspecto esponjoso que o cérebro adquire com a infecção. A mais conhecida dessas doenças é a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida popularmente como mal da vaca louca. Essa doença é evolutiva e provoca a degeneração dos neurônios de bovinos, que passam a apresentar comportamentos anormais e morrem dentro de pouco tempo.

Outros exemplos de doenças causadas por príons:

Kuru – doença de evolução rápida, que, entre outros danos, provoca perda da coordenação muscular (ataxia) e tremores. Os indivíduios infectatados podem morrer em até 1 ano após o surgimento da doença.

Síndrome de Gerstmann-Straussler-Scheinker – síndrome hereditária rara, de evolução lenta e progressiva, cujos sintomas são ataxia, perda da coordenação motora, degeneração do cerebelo e dificuldade de locomoção. Os portadores da doença começam a desenvolver os sintomas entre os 35 e 60 anos de idade; estima-se que a sobrevida desses indivíduos seja de 5 anos, contados após o aparecimento dos sintomas.

Insônia Familiar Fatal – trata-se de um distúrbio do sono hereditário, caracterizado principalmente pela incapacidade de dormir. Os sintomas aparecem, em geral, a partir dos 40 anos de idade, sendo eles, falta de atenção, perda da coordenação motora, taquicardia, sudorese, entre outros. Tais sintomas evoluem rapidamente para turvação da consciência, demência e morte.

Síndrome de Alpers – doença congênita progressiva, cujos sintomas podem surgir ainda no primeiro dia de vida da criança. O desenvolvimento lento, ataques apopléticos frequentes, perda das capacidades muscular e intelectual e dureza dos membros são alguns dos sintomas da doença.
Graças ao seu trabalho que levou à descoberta dos príons, o cientista estadunidense Stanley Prusiner recebeu o prêmio Nobel de Medicina ou Fisiologia em 1997.

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5 animais minúsculos

Agronomia

Essas maravilhas da natureza, pequenas em tamanho mas de enorme beleza

 

Existem diversos animais muito bonitos que conquistam o coração do ser humano, alguns tem uma atração maior por cachorros, outros preferem os gatos, tem pessoas que acham que o rato é o melhor amigo seu. Enfim o carinho entre os humanos e os animais é bem grande e isso é ótimo. No mundo existem diversos tipos de animais, mas vamos citar aqui alguns animais pequenos e não estamos falando de um hamster e sim de animais menor do que o hamster.  Existe no mundo animais minúsculos, como animais de cerca de 5 centímetros, muito pequeno e são animais muito bonitos.

Conheça aqui os 5 animais mais pequenos do mundo.

 

Beija-flor É um animal muito bonito, é a menor ave do mundo tendo cerca de 5 centímetros e pesando 1,8 gramas.

Beija-flor
É um animal muito bonito, é a menor ave do mundo tendo cerca de 5 centímetros e pesando 1,8 gramas.

Camaleão Brookesia micra Ele tem apenas 1 centimetro, muito minúsculo, na foto a cima você vê o animal na ponta do dedo de um homem, ele é encontrado na Ilha de Magadascar e é uma das quatro espécies de camaleão catalogados.

Camaleão Brookesia micra
Ele tem apenas 1 centímetro, muito minúsculo, na foto a cima você vê o animal na ponta do dedo de um homem, ele é encontrado na Ilha de Madagascar e é uma das quatro espécies de camaleão catalogados.

Rã Paedophryne Essa rã ate hoje foi catalogada como o menor vertebrado do mundo, em sua fase adulta ela mede de 7 a 8 milímetros.

Rã Paedophryne
Essa rã ate hoje foi catalogada como o menor vertebrado do mundo, em sua fase adulta ela mede de 7 a 8 milímetros.

Tartaruga Quinn Com apenas 1,22 gramas essa tartaruga cabe em uma tampinha de garrafa de refrigerante e seu nome científico é Sternotherus odoratus.

Tartaruga Quinn
Com apenas 1,22 gramas essa tartaruga cabe em uma tampinha de garrafa de refrigerante e seu nome científico é Sternotherus odoratus.

Musaranho-pigmeu Ele é o menor mamífero encontrado na terra, pode ser encontrado na África e na Europa Mediterrânea e tem apenas 52mm de cumprimento.

Musaranho-pigmeu
Ele é o menor mamífero encontrado na terra, pode ser encontrado na África e na Europa Mediterrânea e tem apenas 52mm de cumprimento.

 

Os cinco animais que acabam de ser listados acima são realmente bem pequenos, para fotografa-los foi preciso câmeras de alta qualidade, mesmo sendo bem pequenos da para ver os detalhes lindos que eles tem pelo corpo, assim deixando-os muito bonitos, com isso mostrando a beleza que é a natureza.

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Por que ainda usamos animais em pesquisas?

Por que ainda usamos animais em pesquisas?.

 

Confira a matéria do blog “Tem ciência no teu chá!”, postagem de Viviane Linck, da qual concordo e compartilharei com meus amigos. Boa leitura!

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Armas biológicas

armas biologicas bioterrorismoConsiderada a mais temidas das armas, a biológica tem efeitos devastadores e desconhecidos pela maioria dos médicos. São vírus e bactérias transformados geneticamente em laboratórios para se tornarem resistentes aos tratamentos. Podem matar ou incapacitar um inimigo, ou animais e plantas de uma nação adversária.

O uso de armas biológicas, feitas com vírus e bactérias, é impossível de ser detectado por equipamentos de segurança . Armas que podem dizimar populações ao contaminar o ar, a água ou os alimentos e para as quais não há tratamento.
Uma forma de guerra biológica já era praticada na Antigüidade, quando os exércitos usavam cadáveres putrefatos para contaminar o abastecimento de água de uma cidade sitiada, ou atiravam dentro das muralhas inimigas cadáveres de vítimas de varíola.

Atualmente entre essas armas estão bactérias (ou as toxinas que produzem), vírus e fungos. Laboratórios de guerra bacteriológica foram criados pelas superpotências, EUA e a ex-URSS, durante a Guerra Fria. O único uso documentado de armas biológicas em combate foi pelos japoneses contra cidades chinesas no final da década de 30 e início da década de 40. Também foram atribuídos aos japoneses experimentos com agentes bacteriológicos em “cobaias” humanas (principalmente prisioneiros de guerra).

Esses microorganismos são transformados em armas letais em laboratórios de vários países. Na lista de produtores de armas biológicas estão Iraque, Irã, Síria, Líbia, Índia, Paquistão e China. Além disso, o serviço de inteligência americano informou que países como Estados Unidos, Rússia, Irã, Iraque, Líbia, Coréia do Norte e Afeganistão mantêm esses laboratórios, onde cultivam as chamadas armas de destruição de massa.

Anthrax, botulismo, varíola e vírus Ebola integram o arsenal do terrorismo biológico. Como o antraz, o botulismo e diversas pestes estão presentes na maioria dos continentes, suas toxinas são facilmente obtidas. Baratos de produzir e simples de transportar podem atingir com pequena quantidade área muito grande.

2. As mais temidas armas biológicas

2.1 Varíola

A varíola é adquirida através de um vírus, transmitido pelo ar, por isso a contaminação ocorre através da respiração.

Essa doença, como as outras usadas como armas, apresenta sintomas semelhantes aos da gripe. A erupção de pústulas na pele é uma das características da doença.

Os últimos casos confirmados de varíola foram diagnosticados há mais de duas décadas. existem, no mundo, dois laboratórios conhecidos com estoque de vírus vivo: um nos estados unidos e o outro na Rússia. após exposição respiratória e um período de incubação de 12 dias, a varíola evolui, em pacientes não vacinados, com taxas de mortalidade em torno de 30%.

Dois antivirais disponíveis comercialmente têm atividade contra o vírus da varíola: o cidofovir e a ribavirina. não se dispõe, atualmente, de vacina comercialmente disponível; o centers for disease control (cdc) tem uma reserva de alguns milhões de doses da vacina para prevenir uma nova emergência da doença e outro tanto de imunoglobulina para tratar os potenciais complicações da vacina.

2.2 Ebola

O Ebola é um dos agentes de guerra biológica mais temíveis. A mortalidade atinge quase 100%. Após a contaminação, a pessoa passa a sentir, em uma semana, febre, muita dor de cabeça, falta de ar, a ter diarréia com sangue e expectoração também hemorrágica. A vítima morre, no máximo, em duas semanas. Não há tratamento para essa doença contagiosa, transmitida de pessoa a pessoa pela respiração, catarro, secreção ou , gotículas de tosse. Para uma pessoa ser contaminada bastam apenas 10 vírus. A disseminação pode ser por aerossol ou ,ainda, por alimento ou água contaminados pelo vírus. Classificado como um vírus de fácil cultivo e armazenamento , o Ebola pode ficar vários anos em um tubo de ensaio até ser espalhado na população. O Ebola é uma arma letal.

2.3 Peste bubônica

A peste bubônica usada como arma biológica É uma das formas mais temíveis por causa da alta infecciosidade , transmissibilidade e mortalidade. Uma vez disseminada, pode perdurar por muitos meses na água e no solo, continuando sua transmissibilidade.
A peste bubônica pode ser disseminada por aerossóis, mísseis ,bombas ou através de pulga infectada.50 quilos de esporos dessa bactéria podem contaminar uma cidade de 5 milhões de habitantes. Uma vez infectada, a pessoa vai contagiar todas as outras com que tiver contato.
Os sintomas aparecem em três dias. A doença atinge o ápice em uma semana, período em que a pessoa pode morrer. Começa com um quadro parecido com gripe, depois aparecem pústulas e gânglios generalizado no corpo e úlcera na pele. É altamente contagiosa.
O tratamento é com antibióticos. E conta que é justamente nas regiões do Oriente Médio , África e sudeste asiático que a bactéria causadora da peste bubônica é cultivada com extrema facilidade. Então, com certeza, são muitos os países que têm esse agente infeccioso, que pode, ainda ser disseminado por animais domésticos, como o cão, o gato , gado e porcos.

2.4 Anthrax

Uma das armas biológicas mais temidas chama-se ANTHRAX, uma bactéria que dá o nome a uma doença desconhecida pela maioria dos médicos. Ao ser lançado por avião, o anthrax contamina o ar, a água , o solo e os alimentos. É tão pequeno que centenas de milhares desse bacilo cabem num único tubo de ensaio.
Se forem espalhados por aeronave ao longo de dois quilômetros podem se estender, com a ajuda do vento, por 20 quilômetros, enquanto está sendo espalhado não pode ser detectado porque é incolor e sem cheiro. As pesquisas da universidade americana relatam que documentos de 1995 indicam que o Iraque produziu até 8 mil litros de anthrax para serem lançados por mísseis Scud. Mesmo com a pressão internacional, a produção de armas biológicas do Iraque continua intacta.
O anthrax pode lesar a pele, contaminar os pulmões ou causar doenças gastrintestinais. Começa como se fosse uma gripe. A pessoa passa a sentir dor no corpo, a expelir catarro. Depois, passa a ter manchas e pequenas vesículas na pele. Evolui, em seguida para hemorragia, edema e falência dos órgãos. A pessoa pode morrer em cinco dias. A bactéria anthrax pode, ainda, causar meningite, que significa morte.
Para se prevenir é necessário cobrir todo o corpo com roupas com duas camadas e equipamento de proteção respiratória. Para as roupas pode ser qualquer tecido. O importante é que proteja todo o corpo, porque o bacilo não penetra nos poros do tecido.
Tratar o anthrax significa usar antibióticos , “penicilina e tetraciclina” . A doença só não apresenta o risco do contágio de pessoa a pessoa. O contágio de pessoa para pessoa não é conhecido.

2.5 Toxina botulínica

A toxina botulínica é como agente numa guerra biológica. Essa toxina é considerada como a mais potente toxina conhecida pelo homem. É 10 mil a 100 mil vezes mais potente que qualquer outra.
Ela provoca sintomas de paralisia progressiva , principalmente paralisia dos músculos da respiração, levando á falta de ar. Não tem tratamento. A mortalidade é alta.
Numa guerra biológica, é espalhada sobre reservatórios de água ou estoques de alimentos. Com spray, pode contaminar alimentos prontos. O consumo dessa água ou desses alimentos leva à imediata intoxicação. Depois de contaminados, não há como purificar essa água ou esses alimentos. Nem com o calor , caso os alimentos sejam cozidos ou assados. A evolução da doença acontece de 12 a 36 horas após a ingestão desses produtos. A morte pode ocorrer em 48 horas.

2.6 Toxina t-2

Documento da Organização Mundial da Saúde ,divulgado ontem, alerta ser real a ameaça do uso de armas biológicas . Os especialistas da OMS constatam que “avanços em tecnologia tornaram possível aos terroristas matarem milhões de pessoas com armas biológicas e químicas”. Eles relatam, em 179 páginas, todos os conhecimentos disponíveis sobre o bioterrorismo. A OMS recebeu vários telefonemas de governos solicitando conselhos de como combater uma possível guerra biológica.

A toxina t-2 é usada em guerra biológica porque em minutos provoca irritação na garganta, diarréia e dores abdominais , que podem se prolongar por uma semana. Provoca alterações cardíacas , tontura e convulsões. Não tem tratamento e causa a morte por hemorragia. É uma toxina que fica no ar, provocando intoxicações e intoxicações por longo tempo.
Essa toxina deriva de fungos e é cultivada em vários alimentos como o milho e o trigo. É capaz de destruir tecidos , principalmente os que apresentam multiplicação como a medula óssea, por exemplo. Podem causar destruição também no sistema gastrintestinal, no testículo e vários outros sistemas.
Os sintomas da contaminação pela toxina t-2 são imediatos. Ocorrem em poucos minutos, após a exposição, e podem durar até dez dias. Para produzi-la não é necessária tecnologia complicada, são apenas técnicas de extração e purificação. Ela ocorre com certa facilidade em ambientes de estocagem de grãos. É, portanto, um veneno fácil de produzir. Como não é destruída pelo calor, pode ficar estocada por muito tempo. Não se sabe quais países estariam usando, mas é de se imaginar que todos os que eventualmente estão pensando em armas biológicas, devem ter estoques destas substâncias tóxicas e de outras também. Só esperam pela oportunidade de disseminá-las. Ela pode ser espalhada por aerossóis. À medida em que vai descendo, vai atingindo as pessoas na pele, pela respiração ou pelos alimentos.
A toxina t-2 é mais uma arma biológica que não pode ser detectada por nenhum sistema de segurança por não ter nem cor nem cheiro, seus sintomas também são como os da gripe.

3. O bioterrorismo

Os americanos buscam auxílio lotando consultórios de psicólogos e esgotando estoques de máscaras e antibióticos para se proteger de um inimigo invisível: o bioterrorismo. O que o país mais desenvolvido sabe sobre o tratamento das doenças causadas por esses vírus ou bactérias ? A resposta surpreende: muito pouco, admitem os cientistas americanos. Hoje, nomes como anthrax, botulismo, toxina t-2 ou varíola causam pânico entre os americanos. E comemoração entre os terroristas. É a grande arma do terrorismo. A mais temida no mundo, definem médicos e cientistas das principais universidades americanas. Os americanos vivem um momento de reflexão. Querem vingança, têm ódio , mas , principalmente, querem, de volta, a vida.

O alerta sobre o uso de armas biológicas foi feito durante reunião dos países da OTAN- Organização do Tratado do Atlântico Norte, em Bruxelas : “Temos de começar a pensar o impensável”, declarou o secretário –geral da OTAN, George Robertson, sobre o uso de armas biológicas por terroristas.
Uma arma invisível ,sem cheiro e que provoca sintomas desconhecidos pela maioria dos médicos é a grande preocupação do governo norte-americano tanto nos ataques terroristas aos EUA como durante uma guerra no Afeganistão. È a arma biológica, que o Centro para Estudos de Biodefesa Civil da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, define como a mais temida numa guerra. Estudos da Universidade Johns Hopkins mostram que os Estados Unidos “não estão preparados para enfrentar um ataque de arma biológica”.

Todas as armas biológicas têm uma mesma característica. O maior medo é que os sintomas iniciais são bem semelhantes à gripe, com irritação da garganta, tosse e catarro, depois é que aparecem as lesões fatais. A maioria não tem tratamento. O Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos enviou um comunicado a todos os laboratórios americanos para avisarem em casos de surtos de gripe . Exemplos da quantidade de vírus ou bactérias necessários para infectar uma população: dois quilos de anthrax ,varíola ou t-2 podem contaminar uma população de 150 mil a 300 mil pessoas. Se forem 5 milhões pessoas , são suficientes pouco mais de 30 quilos do vírus da varíola.
O medo da utilização de armas biológicas causou mais prejuízos aos EUA. O governo proibiu todos os vôos de aviões utilizados para pulverizar plantações. Á causa foi o medo de terroristas usarem essas aeronaves para espalhar vírus ou bactérias letais em várias regiões americanas.

O uso de vírus e bactérias para infectar soldados ou dizimar populações vem se tornando o pesadelo dos americanos. O risco do bioterrorismo vem sendo alertado pela Organização Mundial da Saúde, após os atentados a Nova York e a Washington. O Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos mandou uma determinação a todos os laboratórios para a comunicação imediata de sintomas das doenças que podem ser causadas por essas armas biológicas. Estoques de máscaras para proteger a respiração estão esgotadas em Nova York. Os reservatórios de água também estão sob a guarda da polícia. È o bioterrorismo, uma técnica que espalha doenças ainda desconhecidas pela maioria dos médicos, ao transformar geneticamente vírus e bactérias em agentes resistentes a qualquer tratamento.
O método é antigo, mas continua um enigma para quem desenvolve diagnósticos e tratamentos.
São vários os vírus e as bactérias que podem ser desenvolvidas em laboratório para serem, depois , espalhadas por aviões ou lançadas por mísseis durante ataques terroristas ou durante uma guerra. Num simples tubo de ensaio cabem milhões desses micróbios, que podem , por exemplo, serem jogados num sistema de ventilação de um prédio, contaminando todos os moradores.

4. Conclusão

Realmente as armas biológicas representam um perigo real e assustador, capaz de exterminar um grande número de pessoas, elas vêm aterrorizando o mundo.

Considerando-se a rapidez com que se adquire tecnologia de ponta em todas as áreas da ciência, é perfeitamente possível imaginar que um laboratório, trabalhando com estes (ou outros) microrganismos, possa primeiramente torná-los disponíveis em quantidades capazes de afetar o mundo inteiro e em seguida transformá-los (por manipulações genéticas) em agentes resistentes a todos os mecanismos de defesa atualmente existentes, tais como antimicrobianos, antivirais, vacinas, imunoglobulinas e outros mais.

Só nos resta então a dúvida: o homem é capaz de criar em laboratório microorganismos causadores de doenças fatais, mas não é capaz de encontrar a cura desses males?…Será que ele não será vítima de suas próprias invenções?…

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Adubo de Minhocas

Agro

 

O húmus e o composto não têm cheiro, não atraem moscas e podem ser aplicados diretamente nas lavouras, campos, outras lavouras e pastagens, pois não prejudicam as planta

O húmus e o composto não têm cheiro, não atraem moscas e podem ser aplicados diretamente nas lavouras, campos, outras lavouras e pastagens, pois não prejudicam as planta

As minhocas ao se locomoverem por entre as camadas do solo, cavam galerias fazendo passar por seu tubo digestivo grande quantidade de terra e restos vegetais, formando desta maneira o “húmus”.
Além de arejar, a minhoca aumenta a porosidade e a homogeneização dos solos, tendo ainda eficiente atuação sobre os sais, deixando-os sob forma assimilável aos vegetais.
O húmus transmite “vida”as plantas, promove a mineralização do potássio, fósforo, boro, magnésio, cobre e possui bactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico, que transmite saúde às plantas.
O húmus possui constituição casulos e pequenas minhocas que vão multiplicar-se na área em que for aplicado, produzindo assim, vida na terra.
Este húmus foi produzido por minhocas vermelhas da Califórnia (Eisenia Foetida). E a gigante africana (Eudrilus Eugeniae), a partir do esterco bovino.

Composto Produzido por Minhocas

Vermicompostagem é o processo de preparo do adubo orgânico ou fertilizante orgânico denominado composto. O composto produzido pelas minhocas contém 20 a 30% da matéria orgânica por elas ingerida e não digerida ou assimilada e que, por isso, é eliminada com as fezes. É nesse meio que se desenvolvem os “ovos” que se encontram dentro das cápsulas, as minhoquinhas que deles vão nascendo e as que vão junto com o húmus.
O húmus e o composto não têm cheiro, não atraem moscas e podem ser aplicados diretamente nas lavouras, campos, outras lavouras e pastagens, pois não prejudicam as plantas. Podem, também, ser armazenados durante 3 a 4 meses, desde que em local coberto e ventilado.
Existe à venda, no comércio, um secador para húmus, que facilita muito os serviços no minhocário. A diferença entre o húmus e o composto orgânico, segundo alguns autores e criadores, é que o primeiro é um material fino e uniforme, enquanto que o segundo é mais grosseiro.
Para fazer o composto orgânico, o criador pode utilizar as minhocas nativas que, ao contrário das vermelhas da Califórnia, transformam em adubo todo o material orgânico, como jornais, papéis, papelões, folhas, restos de culturas e podas, lixo doméstico, etc. Só não servem para a produção do composto, os plásticos, vidros e metais.
A única desvantagem das minhocas nativas é que elas são menos produtivas, sua produtividade é menor do que a das vermelhas da Califórnia e o composto leva 90 dias para ficar pronto.

Como, normalmente, há sempre um excesso de minhocas nos canteiros, é melhor que o criador as venda ou então que as aproveite em criações de rãs, pássaros, peixes ou de qualquer outro animal ou as industrialize, fabricando farinha de carne, por exemplo, pois com o aumento da produção, terá maiores lucros.
As terras dos canteiros devem ser afofadas, de tempos em tempos, para melhorar suas condições físicas.

Definições

– O que é a minhoca?

Já foram catalogados 8.000 espécies de minhocas. Vivem em terrenos úmidos, porém pouquíssimas podem ser criadas em cativeiro, pois foi na Califórnia que, por volta de 1930, foi desenvolvido o projeto para a criação em cativeiro, para objetivar a longevidade, bons índices de produção, bem como de produção de húmus.

– O que é húmus?

O húmus é a produção da minhoca. É o seu excremento. É a transformação do esterco (alimento da minhoca), no mais completo e rico adubo orgânico existente. Podemos mesmo afirmar que a minhoca é uma micro-usina de transformação.

– Qual a aplicação do húmus?

Esse adubo vivo, cientificamente preparado, que contém microorganismos unificantes alcalinos, Rhizobium, fixadores de nitrogênio atmosférico, bactérias que constituem algo parecido com anticorpos naturais contra pragas, doenças e vírus, que transmitem saúde às plantas e promovem a mineralização do potássio, fósforo e outros elementos menores como o boro, o magnésio e o cobre, tem seu campo de atuação nas hortas, plantas, capineiras, pastagens, assim como qualquer cultura ou ainda em terras estéreis ou cansadas.

– Qual a diferença entre o adubo químico e o húmus?

O adubo químico indiscriminadamente ou constantemente, leva o solo à doença e à esterilidade. O adubo químico responde imediatamente. O adubo químico não leva vida ao solo.

O húmus é neutro ou levemente alcalino, sendo um meio ambiente favorável ao cultivo.

O húmus leva ao solo minerais em forma orgânica, levando-o, vitaminando-o, enriquecendo-o, a longo prazo.

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Celula

bbTodo ser vivo é composto de células, de tamanho tão reduzido que só podem ser observadas através do microscópio, e tão numerosas que no ser humano adulto somam cerca de cem trilhões.

A célula é o mais diminuto componente vivo em que pode ser decomposto qualquer tecido animal ou vegetal. Isoladas e livres, as células apresentam forma esférica; nos tecidos podem assumir forma cilíndrica, cônica, espiralada etc. Seu tamanho e estrutura também variam de acordo com a natureza do tecido. Existem organismos, como as bactérias, as algas azuis e os protozoários, que se compõem de uma única célula, e por isso são chamados unicelulares.

 

Estrutura celular

O conjunto vivo da célula é o protoplasma e se compõe de membrana plasmática, citoplasma e núcleo. A membrana plasmática, que existe em todas as células conhecidas, envolve o conteúdo celular e o separa do meio exterior. Trata-se de uma película muito fina, de contorno irregular, que, além de servir de envoltório, tem a função de selecionar as substâncias que entram ou saem das células, e de providenciar a regeneração celular. Graças às proteínas, a membrana possui elasticidade, resistência mecânica e baixa tensão superficial; e devido aos lipídios, tem alta resistência elétrica e permeabilidade às substâncias lipossolúveis. Nos vegetais, além da membrana, existe outro envoltório mais externo, a parede celular, cujo componente mais abundante é a celulose. Nas células vegetais jovens, a parede é relativamente delgada e chama-se primária; nas adultas, a deposição de celulose e outras substâncias determina o aparecimento da chamada parede secundária.

A região compreendida entre a membrana e o núcleo é o citoplasma. O hialoplasma é um líquido gelatinoso constituído principalmente de água e proteínas, que preenche o citoplasma. Na parte externa da célula, chamada ectoplasma, o hialoplasma se apresenta denso, em estado de gel; na parte interna, chamada endoplasma, mostra-se mais fluido, em forma de sol. Esses estados, de gel e sol, podem sofrer mudanças e se transformar um no outro, sobretudo nos movimentos citoplasmáticos, como o movimento amebóide e a ciclose. É no movimento amebóide que a membrana emite certas projeções temporárias chamadas pseudópodes, para permitir a locomoção da célula ou captura de alimento. A ciclose forma uma corrente que carrega os orgânulos e distribui substâncias ao longo do citoplasma.

Os orgânulos celulares, ou organelas, são estruturas citoplasmáticas que realizam determinadas funções essenciais à vida da célula. São eles: retículo endoplasmático, complexo de Golgi, lisossomos, plastos, mitocôndrias, vacúolos e centríolos. Há dois tipos de retículo endoplasmático: o rugoso e o liso. O rugoso apresenta grânulos, chamados ribossomos, constituídos de ribonucleoproteínas, e estão intimamente associados à síntese de proteínas. O liso tem como principais funções aumentar a superfície interna da célula para ativar enzimas e favorecer o metabolismo celular, facilitar o intercâmbio de substâncias, auxiliar a circulação intracelular, armazenar substâncias, regular a pressão osmótica e produzir lipídios.

O complexo de Golgi consiste em um sistema de membranas lisas, que formam vesículas e sáculos achatados, destinados a armazenar proteínas, proporcionar a síntese de carboidratos e lipídios e organizar o acrossomo nos espermatozóides. Acrossomo é uma estrutura, situada na cabeça do espermatozóide, formada pelo acoplamento do complexo de Golgi com o núcleo do espermatozóide, e contém enzimas que facilitam a perfuração do invólucro do óvulo para permitir a fecundação.

Os lisossomos são pequenas vesículas portadoras de enzimas digestivas, liberadas pelo complexo de Golgi, com a finalidade de promover a digestão de substâncias englobadas pelas células. Os plastos são organelas citoplasmáticas típicas das células vegetais. De acordo com a coloração, dividem-se em leucoplastos (incolores) e cromoplastos (coloridos). Os leucoplastos, segundo a substância que acumulam — amidos, lipídios ou proteínas –, dividem-se em amiloplastos, oleoplastos e proteoplastos. Os cromoplastos são portadores de diversos pigmentos, entre os quais destacam-se as clorofilas, que absorvem a energia luminosa necessária à fotossíntese; e os carotenóides, de pigmentação amarela, alaranjada ou vermelha, que contribuem para a coloração de flores e frutos.

Os seres aeróbicos, isto é, que utilizam oxigênio em seu processo respiratório, realizam a degradação das moléculas orgânicas em duas etapas. A primeira dá-se no hialoplasma, sem a participação de oxigênio; a segunda, com oxigênio, ocorre no interior de organelas citoplasmáticas, as mitocôndrias, que são verdadeiras usinas de energia, onde a matéria orgânica é processada para fornecer a energia química acumulada ao metabolismo celular. Portanto, quanto maior a atividade metabólica da célula, maior  o número de mitocôndrias. O conjunto de mitocôndrias de uma célula chama-se condrioma.

Os vacúolos, estruturas freqüentes nas células vegetais, são verdadeiras bolsas, delimitadas externamente por uma membrana denominada tonoplasto. Essa membrana armazena uma solução aquosa, o suco vacuolar, que pode conter açúcares, sais, óleos, pigmentos e outras substâncias. Os centríolos são organelas fibrilares, geralmente dispostas nas células em pares perpendiculares. O conjunto de pares chama-se diplossomo. Os centríolos não ocorrem nas células vegetais superiores; nas inferiores e nas células animais relacionam-se com o processo de divisão celular.

 

Estrutura do núcleo

O núcleo desempenha dois papéis fundamentais nas células: é portador dos fatores hereditários e controla as atividades metabólicas. A estrutura nuclear varia, conforme a célula esteja ou não em divisão. Por isso, para se examinar a estrutura do núcleo, é necessário estabelecer em que fase se encontra a célula. Se ela se encontra em interfase, isto é, no intervalo entre duas divisões celulares, o núcleo apresenta como componentes carioteca, cariolinfa, cromatina e nucléolo. A carioteca, ou cariomembrana, envolve o conteúdo nuclear e é formada por duas membranas: — lamela interna e lamela externa — separadas pelo espaço perinuclear. A carioteca é dotada de poros, que permitem a comunicação entre o material nuclear e o citoplasma. Quanto maior a atividade celular, maior o número de poros.

A cariolinfa, nucleoplasma ou suco nuclear, é uma massa incolor constituída principalmente de água e proteínas. A cromatina representa o material genético contido no núcleo. Seu aspecto é o de um emaranhado de filamentos longos e finos, os cromonemas. Durante a divisão celular, espiralizam-se e se tornam mais curtos e grossos. São então denominados cromossomos. Estes apresentam dois tipos de constrição: primária, onde se localiza o centrômero, estrutura relacionada ao movimento dos cromossomos; e secundária, sem centrômero, que abriga moléculas de ácido desoxirribonucléico (ADN), responsáveis pela formação de moléculas de ácido ribonucléico (ARN) ribossômico, que vão organizar o nucléolo. Este é um corpúsculo esponjoso, em contato direto com o suco nuclear.

 

Cromossomos e genes. Do ponto de vista químico, os cromossomos são filamentos de cromatina formados por moléculas de ADN e proteínas. A seqüência de base de ADN cromossômico capaz de determinar a síntese de uma proteína é o gene. Cada cromossomo pode conter inúmeros genes. Nas células somáticas, que constituem o corpo, existem diversos tipos de cromossomos, conforme a espécie considerada. Estes podem agrupar-se dois a dois, e cada par é constituído por cromossomos com genes que se correspondem mutuamente, isto é, são homólogos.

Na espécie humana, as células somáticas contêm 46 cromossomos, dos quais 44 são autossomos — sem implicação com o sexo — e os outros dois são chamados sexuais, porque determinam o sexo do indivíduo. Na mulher, os dois cromossomos sexuais são iguais e chamados de X. No homem, há um cromossomo X e outro Y. Nas células das fêmeas de mamíferos+ encontra-se uma forma, situada junto à carioteca do núcleo, denominada cromatina sexual, ou corpúsculo de Barr. O número desses corpúsculos corresponde ao número de cromossomos X menos 1. Nas células normais dos machos não existe cromatina sexual.

De acordo com a estrutura e organização do material nuclear existente nas células, podem-se distinguir dois grupos básicos de organismos: procariontes e eucariontes. Os primeiros são organismos unicelulares, cuja célula, chamada procariota, não tem núcleo individualizado, nem carioteca ou nucléolo. Os eucariontes têm células com núcleos individualizados, com material genético típico.

 

Tipo de ARN

Uma célula pode conter três tipos básicos de ARN: o ARN mensageiro ou ARNm, produzido diretamente do ADN, do qual se destaca para migrar para o citoplasma e associar-se aos ribossomos. Esse mecanismo de formação denomina-se transcrição. O ARN transportador, ou ARNt, formado por uma cadeia pequena de nucleotídeos, produzida no núcleo a partir do ADN, migra para o citoplasma, com função de capturar aminoácidos e transportá-los para o ARN mensageiro, que se encontra associado aos ribossomos. O ARNt é dotado de uma região específica para cada aminoácido e de outra codificada, que determina seu lugar apropriado na molécula de ARNm. Existe, portanto, um ARNt para cada aminoácido. O ARN ribossômico, ou ARNr, origina-se do ADN em regiões especiais do cromossomo relacionadas com o nucléolo. Ao migrar para o citoplasma, o ARNr associa-se a proteínas, e forma os ribossomos. O mecanismo de produção de determinada proteína a partir do ARN chama-se tradução, e ocorre nos ribossomos.

 

Divisão celular

Existem dois tipos básicos de divisão: a mitose, processo pelo qual as células-filhas conterão o mesmo número de cromossomos da célula-mãe; e a meiose, divisão em que as células-filhas conterão a metade do número de cromossomos da célula-mãe. A mitose divide-se em quatro etapas: prófase, quando ocorrem alterações na morfologia da célula e os cromossomos, já duplicados, entram em espiralização. Cada cromossomo duplicado é constituído por duas cromátides, chamadas cromátides-irmãs. Vem em seguida a metáfase, quando a espiralização chega ao máximo e ocorre a duplicação dos centrômeros. As cromátides-irmãs se separam e passam a constituir cromossomos-filhos. Na fase seguinte, a anáfise, cada cromossomo-filho migra para um dos pólos das células. A última fase é a telófase, quando os cromossomos se despiralizam e a carioteca se organiza em torno de cada conjunto cromossômico. No final dessa fase, completa-se a divisão do núcleo, ou cariocinese, com a conseqüente formação de dois novos núcleos. Inicia-se então a citocinese, que é a separação do citoplasma em duas regiões, com formação de duas novas células-filhas.

Na meiose, há apenas uma duplicação cromossômica para cada duas divisões nucleares. Produzem-se assim quatro células-filhas, com a metade do número de cromossomos presentes na célula-mãe. Essa redução é de importância fundamental para a manutenção do número constante de cromossomos da espécie. Na fecundação, células haplóides (gametas) fundem-se e originam outras diplóides, e estas, por meiose, formam outras haplóides. Graças a esse ciclo, em que a fecundação é compensada pela meiose, mantém-se o número de cromossomos da espécie. Do contrário, cada vez que ocorresse nova fecundação, duplicaria o número de cromossomos a cada geração, o que terminaria por levar a espécie a um impasse biológico. Embora seja um processo contínuo, a meiose ocorre em duas divisões nucleares sucessivas — denominadas meiose I e meiose II.

 

Bioquímica celular

Os componentes químicos das células podem ser orgânicos e inorgânicos. Os componentes orgânicos são carboidratos, lipídios, proteínas, enzimas, ácidos nucléicos e vitaminas. A água é de fundamental importância para os seres vivos, porque atua como dispersante de diversos compostos orgânicos e inorgânicos. Serve também como veículo para o intercâmbio de moléculas entre os líquidos intra e extracelular. Exerce ainda o papel de lubrificante nas articulações ósseas e entre os órgãos e, pela evaporação, contribui para manter a temperatura do corpo em níveis adequados à vida.

Os sais minerais encontram-se nos seres vivos em duas formas básicas: solúvel e insolúvel. No primeiro caso, encontram-se dissolvidos na água em forma de íons, e agem como ativadores das enzimas, como componentes estruturais de moléculas orgânicas fundamentais e participam da manutenção do equilíbrio osmótico. Na forma insolúvel, os sais minerais se encontram imobilizados na composição do esqueleto. Assim, por exemplo, nos vertebrados os fosfatos de cálcio contribuem para a rigidez dos ossos; nos corais, os carbonatos de cálcio organizam o esqueleto externo; os sais de silício conferem grande rigidez à carapaça externa das algas; e os sais de cálcio são fundamentais para a composição da casca do ovo.

 

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Vitamina

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Vitamina é um composto orgânico biologicamente ativo, necessário ao organismo em quantidades muito reduzidas para manter os processos vitais

Fundamentais para a manutenção dos processos biológicos vitais, as vitaminas só começaram a ser estudadas no início do século XX. Já bem antes, porém, sabia-se ser necessário incluir certos alimentos na dieta, para evitar algumas doenças.

Vitamina é um composto orgânico biologicamente ativo, necessário ao organismo em quantidades muito reduzidas para manter os processos vitais. Como as enzimas, representa um autêntico biocatalizador, que intervém em funções básicas dos seres vivos, como o metabolismo, o equilíbrio mineral do organismo e a conservação de certas estruturas e tecidos.

Características gerais. Nos séculos XVIII e XIX, várias observações empíricas demonstraram que existiam nos alimentos algumas substâncias que evitavam doenças como o beribéri e o escorbuto. Até o início do século XX, no entanto, não se comprovara a importância efetiva de tais compostos, a que em 1912 o químico polonês Casimir Funk chamou vitaminas. As vitaminas diferem entre si consideravelmente quanto a estrutura, propriedades químicas e biológicas e atuação no organismo.

A carência de vitaminas na dieta produz doenças graves, as avitaminoses, como o raquitismo, a nictalopia (cegueira noturna), a pelagra, diversas alterações no processo de coagulação do sangue e a esterilidade. Também a ingestão excessiva de vitaminas pode causar perturbações orgânicas, as hipervitaminoses.

As necessidades vitamínicas de um indivíduo variam de acordo com fatores como idade, clima, atividade que desenvolve e estresse a que é submetido. A quantidade de vitaminas presente nos alimentos também não é constante. Varia de acordo com a estação do ano em que a planta foi cultivada, o tipo de solo ou a forma de cozimento do alimento (a maior parte das vitaminas se altera quando submetida ao calor, à luz, ao passar pela água ou quando na presença de certas substâncias conservantes ou saporíferas).

As vitaminas receberam nomes científicos, mas são vulgarmente conhecidas por letras maiúsculas ou por um termo associado à doença produzida pela carência da vitamina no organismo. A vitamina A ou retinol, por exemplo, é chamada também antixeroftálmica. A classificação geral das vitaminas é feita de acordo com sua solubilidade em água ou gordura. As vitaminas hidrossolúveis são as que compõem o complexo vitamínico B (B1, B2, B6 e B12) e a vitamina C. As lipossolúveis compreendem as vitaminas A, D, E e K.

Vitaminas hidrossolúveis. As vitaminas solúveis em água são absorvidas pelo intestino e transportadas pelo sistema circulatório até os tecidos em que serão utilizadas. O grau de solubilidade varia de acordo com cada vitamina e influi no caminho que essa substância percorre no organismo. Quando ingeridas em excesso, as vitaminas hidrossolúveis são armazenadas até uma quantidade limitada nos tecidos orgânicos, mas a maior parte é secretada na urina.

A tiamina ou vitamina B1 é importante no metabolismo de alguns ácidos orgânicos. Sua carência provoca uma doença nervosa caracterizada por paralisia e insensibilidade, o beribéri. A B1 é encontrada em diversos alimentos, principalmente na casca do arroz. A vitamina B2, ou riboflavina, cumpre importante papel na chamada cadeia transportadora de elétrons, processo básico na respiração celular e na obtenção de energia por parte da célula. É abundante na levedura, nos ovos e no leite. Sua deficiência produz distúrbios visuais, fissuras nos lábios e inflamação da língua. A vitamina B6 intervêm no metabolismo dos aminoácidos e sua deficiência provoca insônia, irritabilidade, fraqueza, dor abdominal, dificuldade de andar e convulsões. São ricos em vitamina B6 (pirodoxina, piridoxamina e piridoxal) alimentos como cereais integrais, legumes e leite.

A cobalamina (vitamina B12), presente principalmente na carne de fígado, está associada à maturação dos glóbulos vermelhos no sangue. A carência dessa vitamina se traduz em anemia pronunciada, a chamada anemia perniciosa. A vitamina PP, também chamada niacina ou ácido nicotínico, também é um dos elementos do complexo B. Sua carência causa a pelagra, doença que se caracteriza por erupções na pele, além de distúrbios neurológicos e gastrintestinais.

A vitamina C ou ácido ascórbico é abundante nas frutas cítricas e vegetais verdes. Suas funções no organismo são múltiplas: participa da síntese do colágeno (proteína importante na formação da pele saudável, tendões, ossos e tecidos de sustentação e na cicatrização de feridas); da manutenção das paredes dos vasos sangüíneos; do metabolismo de alguns aminoácidos; e da síntese ou liberação de hormônios da glândula supra-renal. Sua deficiência produz o escorbuto, doença caracterizada por lesões nas gengivas, queda de dentes e hemorragias por todo o corpo, que podem levar à morte. A hipótese de que a vitamina C ajuda a prevenir ou mesmo curar certas doenças (como o resfriado comum ou algumas doenças malignas e infecciosas) continua a ser pesquisada, mas sem nenhum dado científico que a comprove.

Vitaminas lipossolúveis. As vitaminas solúveis em gorduras são absorvidas no intestino humano com a ajuda de sais biliares segregados pelo fígado. O sistema linfático as transporta a diferentes partes do organismo. O corpo pode armazenar uma quantidade maior de vitaminas lipossolúveis do que de hidrossolúveis. As vitaminas A e D são armazenadas sobretudo no fígado e a E nos tecidos gordurosos e, em menor escala, nos órgãos reprodutores. O organismo consegue armazenar pouca quantidade de vitamina K. Ingeridas em excesso, algumas vitaminas hidrossolúveis podem alcançar níveis tóxicos no interior do organismo.

A vitamina A é encontrada na gema do ovo, na manteiga e nas carnes de fígado e de peixes. Não está presente nas plantas, mas muitas verduras e frutas contêm alguns tipos de pigmentos (como o betacaroteno), que o organismo pode converter em vitamina A. A cenoura, por exemplo, é excelente fonte de betacaroteno. A vitamina A é fundamental para a visão e sua carência produz, entre outras doenças, o ressecamento da córnea e da conjuntiva do olho (xeroftalmia) e a ceratomalácia (amolecimento da córnea, com infiltração e ulceração), além de sérios problemas gastrintestinais.

A hipervitaminose A é caracterizada por diversos sintomas, como náusea, alterações do cabelo (que ficam ásperos e caem facilmente), ressecamento e escamação da pele, dor nos ossos, fadiga e sonolência. Também são comuns problemas de visão, dores de cabeça, distúrbios de crescimento e aumento do fígado.

A vitamina D pode ser obtida do óleo de fígado de bacalhau e também pela ação da luz ultravioleta sobre alguns esteróis. Os mais importantes desses esteróis são o 7-diidrocolesterol, formado por processos metabólicos animais, e o ergosterol (presente em óleos vegetais). A ação da luz solar converte essas duas substâncias em colecalciferol (vitamina D3) e ergocalciferol (vitamina D2), respectivamente. As duas participam dos processos de absorção do cálcio na corrente sangüínea e de formação dos ossos. Sua carência causa o raquitismo, em crianças, e a osteomalácia, em adultos, principalmente mulheres. A hipervitaminose D pode provocar fraqueza, fadiga, perda de apetite, náusea e vômitos.

Chamada também tocoferol, a vitamina E ocorre no gérmen de trigo, na gema de ovo, em verduras e legumes. Atua no organismo como um inibidor dos processos de oxidação em tecidos orgânicos. Protege as gorduras insaturadas da oxidação por peróxidos ou outros radicais livres.

A vitamina K é a naftoquinona encontrada nas folhas das plantas. Suas fontes mais abundantes são o óleo de soja, o espinafre e a couve. É necessária na síntese orgânica de quatro fatores de coagulação do sangue: protrombina e fatores VII, IX e X. A deficiência de vitamina K no organismo prolonga o tempo de coagulação do sangue e pode causar hemorragias internas.

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Sistema reprodutor

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Conjunto de órgãos do corpo humano que possibilitam a perpetuação da espécie através da reprodução.

 

Sistema reprodutor masculino – Formado pelo pênis, pela próstata e pelos testículos. Nos testículos – as duas glândulas sexuais que se alojam no saco escrotal – são produzidos os espermatozóides (células reprodutoras) e a testosterona (hormônio sexual). De cada testículo parte um canal emaranhado, o epidídimo, que se prolonga pelo canal deferente. Ligada a cada canal deferente há uma vesícula seminal. Os canais deferentes unem-se, passando pela próstata – a maior glândula do sistema reprodutor masculino – a outro canal que vem da bexiga urinária. Formam um canal único, a uretra, que percorre longitudinalmente o pênis e se abre para o exterior.

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Sistema reprodutor feminino – Formado pela vulva, vagina, útero, ovários, trompas e mamas. A vulva é o conjunto dos órgãos genitais externos da mulher. A vagina é um canal com revestimento fibromuscular, pelo qual escoa a menstruação, recebe o sêmen e, no parto, leva o bebê do útero ao exterior. O útero é dividido em duas partes: o colo, localizado no alto da vagina, e o corpo, que dá origem à menstruação e abriga o feto. O ovário produz os óvulos – as células reprodutoras – e secreta os hormônios estrógeno e progesterona. As Trompas de Falópio, onde ocorre a fecundação, ligam os ovários ao útero.

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