Música – Vídeo

Gaúcho da Fronteira em Pelotas – Fenadoce 2013

Vídeo: Galpão Crioulo gravado na minha querência

 

Ser gaúcho 02

Bandeira de Pelotas

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Prenda Minha – Telmo de Lima freitas

Especial: Semana Farroupilha

 

Nessa sexta-feira, dia 13, me recordo desta bela poesia de Telmo de Lima Freitas, um de nossos maiores poetas e compositores. E para começar a semana farroupilha, ouçamos Prenda Minha:

Hoje é treze sexta-feira prenda minha é dia de louvação
Me fugiram os amigos mais antigos me deste consolação
Já passaram muitas luas, prenda minha muitas luas já passei

Fiz promessas pro negrinho coitadinho por isso que te encontrei
Acho cedo muito cedo prenda minha pra dizer que escureceu
Foi a noite dos teus olhos prenda minha que acordou os olhos meus
Foi teu riso disfarçado prenda minha que laçou meu bem-querer
Se eu fugir do sul do mundo num segundo voltarei prá te rever

Abre o poncho desta alma prenda minha que eu preciso me abrigar
Se o inverno for intenso como penso muito frio eu vou passar
Hoje é treze sexta-feira prenda minha é dia de louvação

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Video e Música: Vermelho e Cabeçudo, de Francisco Vargas

 

Vermelho e Cabeçudo

Composição: Francisco Vargas

Álbum: Vermelho e Cabeçudo

Ano: ?

 

Meu povão já está sabendo que eu sou grosso sem estudo
E fui muito criticado quando gravei o cuiudo –
Os puritanos do Rio Grande ficaram até carrancudo,
Mais no meu bolso eu botei um troco lindo e graúdo.
Deu pra comprar um puro sangue com jockei, cocheira e tudo
E a pão-de-ló é tratado
E por mim foi batizado de vermelho cabeçudo.

E quem montar no meu cavalo
Morre velho, não esquece
E é só enxergar mulher
Que o lombo do bicho endurece!

Com uma prenda na garupa ele sai troteando miúdo
Fica lerdo e desconfiado quando monta um cabeludo;
Até fala relinchando, não estorvo, nem te ajudo
E a eguada se apaixona da estampa do cruniúdo.
Quando passa pela rua mulherada param tudo
E uma magrinha de moto
Pediu pra tirar uma foto no lombo do cabeçudo.

Eu fui correr uma carreira comum fazendeiro papudo
E eu tinha um tordilho negro por apelido pacudo.
Rachei a cancha no meio e o velho ficou bicudo
Já quis comprar meu vermelho, me chamando de sortudo.
Quando eu vi entrou uns magrinhos parecido com os menudo
E um nativista de brinco
Ele e mais uns quatro ou cinco pra ginetear o cabeçudo.

Pra gente vencer na vida tem que ser meio carudo
Logo que eu vim da campanha me chamavam de bacudo.
Mais eu fui ficando esperto com promessas não em iludo
E esses dia eu vi um malandro levar uns quarenta cascudo,
Da sua própria mulher que lhe chamava de chifrudo.
Disse: – caco, tu me solta
Por que eu quero dar uma volta no lombo do cabeçudo.

 

 

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Abre o Olho Rapaz

 

Composição: Gildo de Freitas
Álbum: O desafio do padre e o trovador
Ano:1966

 

 Abre o Olho Rapaz

Teixeira anda dizendo que quando matei uma Jibóia eu entrei pela boca da cobra e sai lá nem sei por donde seu.

 

Essa historia de Jibóia

Que o Teixeira têm contado

Que a Jibóia me engoliu

Mas não foi por descuidado

Ela abriu-se eu saltei dentro

Depois cheguei lá no centro

Pra descansar um bocado

Mas naquela mesma hora

Ela abriu-se eu saltei fora

Mas porém do mesmo lado

 

Comigo não têm esse negocio de entrar em picada e procurar atalho seu.

 

O Teixeira tu não te mete

Fazer o que o “Freita” faz

Tu nem deves de chegar

Perto desses animais

Pode alguma Sucuri

De lá sai e te engoli

Tu abre o Olho Rapaz

Já na entrada tu cai

Depois o Sr. não sai

Nem por diante e nem por traz

Não te mete Teixeira!


Tu deixa pra o Gildo Freita

Que é de raça destemida

E a minha carne por cobra

Ainda não foi mordida

Coragem eu tenho de sobra

Não é a primeira cobra

Que eu já deixei sem vida

Eu não sou o Teixeirinha

Que enxerga qualquer cobrinha

Corre fazendo larida

 

E agora Teixeirinha

Vou botar banca pra ti

Se na outra encarnação

Você vier cobra pra qui

Não venha com idéia louca

De vir abrindo a boca

Pensando de me engoli

Tu abrindo a boca eu entro

Mas vou de exporá pra dentro

Que é só pra judiar de ti

E de depois que eu te judiei

Eu vou sair por onde entrei

Que é pra ver o povo rir…

 

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Música: Dando boca pro gateado – Vídeo e letra

Dando  boca pro gateado

De-lhe boca Chico Beiço

Tem baile no Zé Quebrado

Vou levando o chifre cheio

Da cachaça do Conrado

Hoje vou torcer as cangalhas

E dá-lhe boca pro gateado.

 

Ala pucha Tia Picucha

Quadra o corpo e vem de lado

Que eu hoje vou torcer as cangalhas

E dá-lhe boca pro gateado.

 

Cheguei na frente do baile

Fedendo a chifre queimado

Enfiei o mango na cinta

E entre sem ser convidado

Dei de mão numa pinguancha

E de-lhe boca pro gateado.

 

Ala pucha Tia Picucha

Quadra o corpo e vem de lado

Dei de mão numa pinguancha

E de-lhe boca pro gateado.

 

Bochincho corria frouxo

Candieiro quase apagado

E tapado de polvadeira

Vinha dançando embalado

Com a gota em riba do toso

Dando a boca pro gateado.

 

Ala pucha Tia Picucha

Quadra o corpo e vem de lado

Com a gota em riba do toso

Dando a boca pro gateado.

 

Resolveram acabar o baile

Facão, revolver, machado

Ficou só a guincha do rancho

Do salão do Zé Quebrado

Entreverado eu gritava

Vou dar boca pro gateado.

 

Ala pucha Tia Picucha

Quadra o corpo e vem de lado

Entreverado eu gritava

Vou dar boca pro gateado.

 

Dei de mão numa solteirona

A filha do João Pintado

Que saiu frouxando as ancas

Que nem palanque em banhado

E me disse até que um dia

Vou dar boca pro gateado.

 

Ala pucha Tia Picucha

Quadra o corpo e vem de lado

E me disse até que um dia

Vou dar boca pro gateado.

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