Arquivo do dia: 07/05/2013

Solos: Degradação

Agro

Degradação do solo

 

Série de processos que levam à perda de qualidade dos solos, ou à sua redução quantitativa. A degradação pode ser causada por erosão, salinização, contaminação, excesso de drenagem, acidificação, laterização e perda da estrutura do solo, ou uma combinação destes fatores.

Os processos de degradação mais importantes são os causados pela ação da água, do vento e dos deslocamentos maciços (mais particularmente, a ação destrutiva da passagem continuada de veículos, pessoas e animais). A destruição das camadas ou horizontes superiores, que contêm matéria orgânica e nutrientes e o estreitamento do perfil do solo provocam a redução do rendimento das colheitas nos solos degradados.

Erosão

Eliminação das saliências ou reentrâncias do relevo, levando a um nivelamento ou colmatagem, como ocorre nos litorais, enseadas, baías e depressões. Hoje a geomorfologia já se contrapõe ao sistema didático que separa sedimentação de erosão, pois ambas fazem parte do processo erosivo, Juntamente com uma fase de erosão (gliptogênese), ocorre concomitantemente uma fase de sedimentação (litogênese), isso mostra que estas fases ocorrem ao mesmo tempo, só que em áreas diferentes.

Tomando por base a topografia do globo terrestre, em relação ao processo erosivo, pode-se considerar dois tipos de morfologia superpostas. Uma delas é a morfologia infra-estrutural do conjunto do relevo, a qual através de um mapa de escala grande, evidencia apenas as partes essenciais do relevo. Outro tipo de morfologia existente no relevo é o caos, mas estas dificilmente são mostradas no mapa, pelo fato de serem formas menores devido ao acelerado processo erosivo.

Certos autores tem o conceito de erosão de forma bem restrita, considerando-a apenas como a ação mecânica das águas correntes agindo de forma destrutiva. Não se justifica o fato de não se considerar como erosão, a ação química das águas promovida pelas águas correntes, uma vez que se considera no sentido amplo a deterioração das formas salientes. É possível se distinguir vários tipos de erosão, como: erosão acelerada, erosão elementar, erosão eólica, erosão fluvial, erosão glaciária, erosão marinha, erosão pluvial.

O geólogo e o geógrafo consideram erosão como, um conjunto de ações que modelam a paisagem. Já o pedólogo, agrônomo e engenheiro florestal, consideram-nas apenas do ponto de vista de destruição do solo.

Os geomorfólogos, através de análises experimentais em anos de estudo concluíram que, o relevo sofre rebaixamento de aproximadamente 1/10 de milímetro por dia pela ação erosiva, com isso foi estimado que após 7000. 000 anos haveria o arrasamento completo das terras emersas do globo terrestre. Porém esse fato não se comprovará, pois existe o rejuvenescimento de determinadas áreas da superfície da terra, produzida pela orogênese e pelo vulcanismo.

Os geólogos acreditavam que existiam períodos de erosão e períodos de sedimentação, No entanto o prof. A. Cailleux mostrou que esse fato não era verdadeiro. Esclareceu que o processo de erosão e sedimentação ocorrem no mesmo lapso de tempo, diferenciando apenas nas áreas de ocorrência. Com isso entende-se que, quando numa determinada área ocorre escavamento, ao mesmo tempo em outra está ocorrendo acumulação (sedimentação).

Enfim, a erosão é um processo natural de natureza física e química, que desgasta e corrói continuamente os solos e rochas da crosta terrestre. A maioria dos processos erosivos resulta da ação combinada de vários fatores, como o calor, o frio, os gases, a água, o vento, a gravidade e a vida vegetal e animal. Em algumas regiões predomina um desses fatores, como o vento nas zonas áridas. Há dois tipos principais de erosão: erosão geológica, que afeta as rochas e os solos, e a erosão exclusivamente dos solos ou edáfica.

Erosão geológica

Os fenômenos climáticos iniciam a erosão das rochas e causam alterações na superfície de suas camadas. Nos climas secos, a camada superior da rocha se expande, devido ao calor do sol, e acaba rachando pelo contato com as camadas inferiores. Se a rocha for composta de vários minerais, esses sofrem diferentes graus de expansão, o que contribui para o rompimento da mesma. O vento pode carregar diversos fragmentos e depositá-los em outro lugar, formando dunas. Em climas úmidos, a chuva atua tanto química como mecanicamente na erosão das rochas. Nos climas frios, o gelo rompe as rochas devido à água que penetra em suas fendas. A água dos arroios e rios é um poderoso agente erosivo; dissolve determinados minerais, e os seixos transportados pela corrente desgastam e arrastam os depósitos e leitos fluviais. Os rios gelados também causam a erosão de seus vales. Na costa, a erosão de escarpas rochosas e praias de areia é o resultado da ação do mar, das ondas e das correntes. As encostas suaves sofrem uma erosão laminar, com a formação de barrancos, durante a qual as águas de escoamento arrastam a camada fina superior do solo sem deixar rastros visíveis de erosão nessa superfície. Esse tipo de erosão pode ser compensado com a formação de novos solos. A erosão esculpe constantemente novos relevos na superfície da Terra.

Erosão do solo ou edáfica

Sem a intervenção humana, os danos ao solo decorrentes da erosão provavelmente seriam compensados pela formação de novos solos na maior parte da Terra.

Queimadas

Fogos naturais ou provocados que queimam a vegetação de uma floresta. Os silvicultores fazem distinção entre três tipos de incêndio florestal: os fogos de solo, que queimam a camada de húmus do solo da mata, embora não ardam de forma apreciável sobre a superfície; os fogos de superfície, que queimam o matagal e os resíduos superficiais e os fogos de coroa, que avançam pelas copas das árvores ou arbustos.

A maior parte dos incêndios florestais provém de descuidos humanos ou são provocados. São comparativamente poucos os incêndios originados pelos raios. As condições climatológicas influem na suscetibilidade que uma determinada área apresenta frente ao fogo. Estabelecendo a correlação entre os diversos elementos climatológicos e a inflamabilidade dos resíduos de galhos e folhas, é possível prever o risco de incêndio de um determinado dia, em qualquer localidade.

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Física: alguns conceitos dos quais me familiarizarei durante o curso

Agronomia

CONCEITOS DE FÍSICA

 

física conceitosCinemática, parte da mecânica que se ocupa da descrição do movimento e não de suas causas, que são estudadas pela dinâmica.

Na mecânica clássica, o movimento de um corpo é descrito por meio de três funções do tempo: a posição em relação a um referencial, a velocidade e a aceleração. Em princípio, dada a aceleração do corpo como função do tempo, podemos determinar sua velocidade em qualquer instante e depois sua posição. Os movimentos encontrados na natureza são inúmeros e, na maioria das vezes, combinações extremamente complexas de translações e rotações. Esse é o caso de uma bola de futebol chutada com efeito, cujo exemplo mais célebre é a “folha seca” do mestre Didi, assim chamada porque o movimento da bola assemelhava-se ao de uma folha caindo ao sabor do vento. Movimentos desse tipo exigem uma descrição matemática sofisticada que muitas vezes só é possível com auxílio de computadores de grande capacidade de processamento. Alguns movimentos, porém, são relativamente simples e podem ser estudados com métodos simples. É o caso, por exemplo, do movimento retilíneo uniforme (MRU), do movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV), ou do movimento circular uniforme (MCU). Ver Movimento retilíneo.

Movimento retilíneo, é aquele em que a trajetória descrita por um corpo no espaço é uma linha reta. Um automóvel que se desloca em uma estrada retilínea com velocidade constante está animado de um tipo particular de movimento retilíneo. Uma pedra que cai verticalmente em queda livre também está em movimento retilíneo, embora este não seja uniforme pois a aceleração da gravidade faz com que a velocidade não fique constante. Há vários tipos de movimento retilíneo. Se a velocidade do corpo permanece constante como no primeiro exemplo, o movimento é dito retilíneo uniforme (M. R. U.). Se a velocidade do corpo variar de modo uniforme, isto é, se o corpo estiver animado de uma aceleração constante, como no segundo exemplo acima, o movimento será chamado de uniformemente variado (M. R. U. V.). No entanto, a maior parte dos movimentos não acontece com velocidade ou aceleração constantes, e são na verdade muito complexos. O conhecimento desses dois movimentos básicos, porém, facilita em muito o estudo dos movimentos mais complexos.

Mecânica, ramo da física que se ocupa do movimento dos objetos e de suas respostas às forças. As descrições do movimento começam com uma definição cuidadosa de grandezas como o movimento, o tempo, a velocidade, a aceleração, a massa e a força. Pode ser dividida em dois grandes ramos: cinemática e dinâmica.

A cinemática ocupa-se da descrição do movimento, sem levar em conta suas causas. Existem vários tipos especiais de movimento fáceis de descrever. Em primeiro lugar, aquele no qual a velocidade é constante: a distância d percorrida é igual ao produto da velocidade pelo tempo: d = vt. Outro tipo especial é aquele no qual se mantém constante a aceleração. A distância percorrida é d = yat2. O movimento circular é outro tipo de movimento simples. Ocorre se um objeto se move com velocidade linear constante, mas a aceleração forma sempre um ângulo reto com sua velocidade: a aceleração está dirigida para o centro do círculo e se denomina aceleração normal ou centrípeta (Força centrípeta). Seu valor é a = v2/r.

A dinâmica estuda como e por que os objetos se aceleram, para o que tem de definir a força e a massa. Estas podem definir-se em função de um destes dois efeitos: uma força pode deformar algo, como uma mola, ou acelerar um objeto. Se um objeto está em equilíbrio, a força total e o momento total exercidos sobre ele devem ser zero (ver Momento de força). As três leis do movimento formuladas por Newton estabeleceram as bases da dinâmica. A primeira afirma que, se a soma vetorial das forças que atuam sobre um objeto é zero, o objeto permanecerá em repouso ou seguirá se movendo em velocidade constante. A segunda postula que a aceleração será proporcional à magnitude da força total e terá a mesma direção e o mesmo sentido desta. A constante de proporcionalidade é a massa m do objeto F = ma. No Sistema Internacional de unidades, a aceleração é medida em metros por segundo ao quadrado; a massa m se mede em quilogramas, e a força F, em newtons. A terceira lei diz que, quando um objeto exerce uma força sobre outro, este outro exerce também uma força sobre o primeiro. Esta, chamada força de reação, deve ter a mesma grandeza, mas sentido oposto.

A magnitude denominada energia une todos os ramos da física. No âmbito da mecânica, deve-se aplicar energia para realizar trabalho; o trabalho é definido como o produto da força pela distância que percorre um objeto na direção da força. A energia e o trabalho são expressos na mesma unidade, como, por exemplo, joules ou ergs.

Momento de força, em física, medida do efeito de rotação causado por uma força. É igual à grandeza da força multiplicada pela distância ao eixo de rotação, medida perpendicularmente à direção da força (Alavanca). Em vez de descrever a dinâmica de rotação em função do momento das forças, pode-se fazê-lo com base em pares de forças. Um par de forças é um conjunto de duas forças iguais e de sentido contrário aplicadas em pontos diferentes.

A Cinemática vetorial, parte da mecânica que se ocupa da descrição do movimento utilizando vetores: soma, diferença de vetores para calculos de posição, deslocamento, velocidade instantânea, velocidade média etc., através do módulo da velocidade.

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